28/11/2008

Chupei mais uma pastilha pra tosse e virei pro canto. Só vieram as preocupações e nada do sono. Liguei de novo o desktop e fui naufragar pela madrugada. Acordei bem, diante das poucas horas dormidas, talvez por causa da vontade de ver chegar outra noite logo. Quem sabe dessa vez Morpheu dá o ar da graça. Vou chupar pastilha de sono.
stoN

27/11/2008

Pavonice

Tem um artigo meu no livro, pessoas! (é só clicar na imagem pra ler direitinho...)

25/11/2008

Tempo

esta de
em esta de
oral
stoN

23/11/2008

Ontem fui padrinho de casamento de um casal de amigos muito queridos. Foi uma cerimônia bonita e que me trouxe lembranças maravilhosas e algumas horas de doce convívio com outros tantos amigos dos tempos da graduação. E em tempos apaixonadíssimos que estou, só quero uma coisa:

"Deixa eu dançar pro meu corpo ficar odara
Minha cara minha cuca ficar odara
Deixa eu cantar que é pro mundo ficar odara
Pra ficar tudo jóia rara
Qualquer coisa que se sonhara
Canto e danço que dara"

22/11/2008

21/11/2008

Qualquer passante veria que Gilmara estava apaixonada. A expectativa da moça na janela, em plena Pirinópolis, e com o sol desmantelado da tarde, deixava absurdamente claro que tudo que seus olhos buscavam no horizonte era amor. Tudo era amor para Gilmara, mesmo que a pequena cidade não comportasse, nem de longe, toda sofreguidão que ela trazia no peito.
Salatiel, o irmão mais novo se aconchega nas coxas da moça e, num misto de choro e sono, diz:
_ Gil, você pode deitar comigo? Tô com sono.
_ Moço, tu já é rapaz! Durma só!
O moleque ignorou a repreenda da cabrocha e se pôs a puxar-lhe a saia. Gilmara, com o pensamento distante e sem nenhuma palavra foi ninar Salatiel. Se o amor passasse na estrada agora, justamente agora, a espera de duas horas teria sido em vão. Mas amanhã a negra de formas fartas voltará com a mesma expectativa. Quem sabe amanhã o amor passa?
stoN

20/11/2008

Ontem, cometi o disparate de escrever: “A escrita é minha companheira que não deixa o silêncio da agonia e da ansiedade se implantar”. Ao ler essa construção hoje, tive vergonha. Pode haver algo mais canastrão? Não faltam motivos à palavra para estar brigada comigo. Nossa Senhora dos Alfarrábios, rogai por nós que recorremos a vós!
stoN

19/11/2008

tenho
tido
pouco
a dizer
amo.
'
stoN

17/11/2008

Não poderia ser só números?

Outro dia, amigos e eu conversávamos sobre essas letrinhas chatas pra confirmação de coisas na internet. Antes era só em compras ou coisas do tipo. Agora até pra comentar em blog você precisa provar que é realmente uma pessoa através de números e letras. E não dava pra ser só números? Quando aparece o “z” eu nunca sei se é “z” ou “Z”. E o mais importante: A vida já não nos faz provar o tempo todo que somos uma pessoa de verdade?
stoN

16/11/2008


Feliz demais da conta!

Foi uma semana estranha que chega ao fim estranhamente saudosa. E, de uma forma um tanto absurda, com uma aparentemente inevitável vontade de que não acabe. O coração em festa fez com que os dias corressem quase tranqüilamente, a despeito das peripécias todas no trabalho. A felicidade persiste, ainda bem, mas dá também uma paúra. Desconfio que é o fim do ano que já me ronda com seus tentáculos insuspeitados. Parafraseando o Baleiro, o fim do ano é pior do que o fim do mundo.
stoN

14/11/2008

Já é mais do que sabido que "todas as cartas de amor são/ Ridículas./ Não seriam cartas de amor se não fossem/ Ridículas."*. Sendo assim, mando essa:

"Fecho os olhos pra não ver passar o tempo/ Sinto falta de você.../ Anjo bom, amor perfeito no meu peito/ Sem você não sei viver/ Então vem/ Que eu conto os dias, conto as horas pra te ver/ Eu não consigo te esquecer/ Cada minuto é muito tempo sem você, sem você.../ Os segundos vão passando lentamente/ Não tem hora pra chegar/ Até quando te amando,/ te querendo/ Coração quer te encontrar/ Então vem.../ Que nos teus braços esse amor é uma canção/ Eu não consigo te esquecer/ Cada minuto é muito tempo sem você, sem você.../ Eu não vou saber me acostumar/ Sem suas mãos pra me acalmar/ Sem seu olhar pra me entender/ Sem seu carinho, amor, sem você/ Vem me tirar da solidão,/ Fazer feliz meu coração/ Já não importa quem errou/ O que passou, passou." [Amor Perfeito - Michael Sulivan/Paulo Massadas]


*Álvaro de Campos

13/11/2008


12/11/2008

Seu Nome

Vander Lee
Quando essa boca disser o seu nome, venha voando/ Mesmo que a boca só diga seu nome de vez em quando/ Posso enxergar no seu rosto um dia tão claro e luminoso/ Quero provar desse gosto ainda tão raro e misterioso do amor.../ Quero que você me dê o que tiver de bom pra dar/ Ficar junto de você é como ouvir o som do mar/ Se você não vem me amar é maré cheia, amor/ Ter você é ver o sol deitado na areia/ Quando quiser entrar e encontrar o trinco trancado/ Saiba que meu coração é um barraco de zinco todo cuidado/ Não traga a tempestade depois que o sol se pôr/ Nem venha com piedade porque piedade não é amor.

11/11/2008

Retorno e terno

Comi baião de dois, camarões e tapiocas;
Tomei cajuína, sorvete de cajá e refrigerante de caju
como se fosse gente grande.
Dancei forró
como se eu soubesse fazê-lo.
Apaixonei-me
como se fosse possível.
Voltei à realidade
como se ela fosse razoável.

stoN

08/11/2008

esfarrapadas, velas desfraldadas, desculpas

Em Fortaleza, off line por uns dias...
Camarão com cerveja no Mucuripe...
eu jangadeiro de mim
stoN

06/11/2008

Madruguei

Acordei cedo
Pra ir longe
Pra longe de mim
Anoiteci
Não deu em nada
A latitude me persegue
stoN

05/11/2008

Maciel Antero da Cruz Neto

XV

De frente ao espelho, Maciel pensa no quanto está insatisfeito com o trabalho e com a acelerada calvície que o acomete. Busca uma tesoura na gaveta para aparar os pelos que lhe sobram no ouvido. Nosso herói tem saudade de Alice, de Marta e do cachorro idiota. Como era mesmo o nome dele? Desiste do esforço de tentar se lembrar.
Ganhou a rua e depois de comer um pastel na esquina segue para o shopping. Daniel já deve estar esperando. O cara tem sido um bom companheiro e eles já ficaram algumas vezes. O beijo é sempre melhor, ponderou Maciel descendo do ônibus. Agora que comprou um forno de micro ondas, o intrépido arquiteto se sente um grande “Chef” e pretende fazer um agrado a Daniel com uma lasanha congelada.
Definitivamente, Maciel precisa mudar de vida.
'
FIM
stoN

Globalização

No Quênia houve danças tribais ao redor da fogueira em frente à casa da avó do primeiro presidente negro dos USA. Israel lançou míssil na Faixa de Gaza e teme a perda do apoio da Casa Branca: vários palestinos ficaram feridos. Analistas e governos europeus temem a aproximação de Obama com os árabes. Em plena Belo Horizonte, do topo da minha insignificância, vejo com muito bons olhos esse negão!

04/11/2008

você
não sente a minha falta

'

e eu
sem ti

Martha Medeiros

03/11/2008

Espera

Hora inteira
Meio dia
Canseira
stoN

02/11/2008

Síndrome do louva-deus ou a mera querência de morrer de amor

O arrestei para o quarto e, num desassossego sem igual, beijou-me com tanta sofreguidão que tive a certeza, mais do que absoluta, de que eu merecia morrer naquele momento. Poderia e deveria ser acometido pelo meu último suspiro sentindo o peso do seu corpo sobre mim e a astúcia de sua língua ágil e incisiva. Foi tudo tão efêmero, desencanado e livre que o gosto do beijo ainda está em mim. Minhas mãos ainda guardam o calor delicioso da sua pele. Ele todo, inteiro, com alma e tudo, ainda está em mim. O pensamento não me escapa um só segundo e um sorriso de orelha a orelha teima em não sair de meu rosto. “Como é perversa a juventude do meu coração que só conhece o que é cruel, o que é paixão”.

stoN

Maciel Antero da Cruz Neto

XIV

Já faz duas horas que Maciel perambula pela cidade. Pensa em trocar de emprego que já que o novo está tão ruim quanto trabalhar no escritório de Suzane. Saindo de um bar onde parou para um pastel, encontra-se com Daniel, um velho amigo da faculdade. Depois de milhões de recordações do curso e da festa de formatura, muitas delas impublicáveis, resolvem tomar uma cerveja.
_ Você ainda tem aquela jaqueta de couro marrom? Pergunta Daniel.
_ Uso pouco agora.
_ Menos mal. Aquilo tava um lixo na época da faculdade.
Maciel fica preocupado. Daniel não é a primeira pessoa a criticar seu estilo.
Enquanto a conversa segue animada, assistem a um assalto na esquina. Maciel se assusta muito e pensa que precisa mudar de vida. Seria bom morar numa cidade menor e mais tranqüila.
Combina com Daniel de saírem no fim de semana. Maciel não atende ao telefonema do amigo quando ele liga na sexta. Ele desconfia que o moço esteja a fim de algo mais e Maciel não quer ter nada com homem agora.
stoN

01/11/2008