26/06/2008

A língua e suas galhofas

Chegam às raias da bandalha as modificações que a língua portuguesa sofre. Eu não consigo acompanhar. Já estão falando em abolir o trema. Demorei um tempo enorme pra decorar que a fêmea do elefante era aliá*, depois descobri que esse termo cingalês caiu em desuso e que elefanta serve. E há quem arrisque um estranho “elefoa”. Quando eu descobri, pela minha professora Gorete, que o feminino de poeta era poetisa, inflei-me de orgulho e repetia o termo para todo mundo. Agora tanto faz. Diz-se “a poeta” sem o menor pudor.
Não quero ser eu o defensor de uma língua estática, morta, mas um pouco de erudição não faz mal nenhum. Sejamos coloquiais, mas nem tanto...

* Também é um termo de origem hebraica utilizado para designar a imigração judaica para Israel.

3 comentários:

Anônimo disse...

Menino!!! E eu achava que a aliá era um mito das aulas de português de minha infância!!! Ninguém conhece a coitada, pobrezinha!
Mas quanto à língua: vi uma discussão interessante a respeito disso. Não tinha me dado conta que somos a maior nação do mundo a falar o Português. Uma vez que nossa língua encontra-se em uso, podemos dizer que mudanças são, de certo modo, esperadas. Contudo, talvez seja mais urgente uma mudança no modo de ensino da língua escrita do que a mudança do próprio idioma. Em nossas escolas há uma ênfase enorme na ortografia e na gramática em detrimento de se escrever um texto com coesão, o que freqüentemente torna o estudo da língua maçante. Claro que não dá para abrir mão de ensinar a norma culta da língua, mas achei o argumento bem interessante...
Beijos!
Beta

Anônimo disse...

coisa de bicha.

Ston disse...

Beta, como sempre, antenada com as discussões pertinentes. Assim como Caetano gosto de lamber a lingua de Camões. Bj