31/01/2009

Pato Fu

“Tá na hora de você pensar de novo/ nas porquêra que ocê faz na sua vida/ ê vida sofrida/ esse ano eu vou curar minhas feridas...”

30/01/2009

Feira

Finalmente a sexta. E já é a última de janeiro, o mundo e o mês já estão no fim. Eita, quem segura esse trem??? Martinha, vai me esperando pra hoje!!!
stoN

29/01/2009

No meio do dia deu-me uma paúra, uma ansiedade estranha e precisei de um cigarro. Não encontrei nenhum fumante por perto, pensei em acender o tubo duma caneta vermelha. Que sina estranha é essa da existência, do pensar e da expectativa. A maldição do desejo é pior do que praga de madrinha. Vou deixar de lado essas coisas todas e parar. Simplesmente parar. Será que o de caneta preta é melhor?
stoN

28/01/2009

Bricandeira literária

Padmaia, do Cosmunicando, me mandou a brincadeira: pegar o livro mais próximo, abrir na página 161 e transcrever aqui o 5º parágrafo, além de repassar a brincadeira pra mais cinco pessoas que eu goste muito. Brincadeira pra mim é coisa muito séria:
"A persistência dos velhos padrões coloniais viu-se pela primeira vez seriamente ameaçada, entre nós, em virtude dos acontecimentos que sucederam à migração forçada da família real portuguesa para o Brasil, em 1808. (...)".
Sergio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil
Os meus indicados:
Marcelo: sem blog, empresto o meu modesto espaço virtual
Beta: sem blog, empresto o meu modesto espaço virtual
P.s.: Essa indicação é quase tão concorrida quanto o do Oscar.
stoN

26/01/2009

cremAÇÃO

A cova
por mais profunda
que seja
não me cabe
stoN

25/01/2009

Martha Medeiros

bicho papão
viu moça em flor
e papoula

24/01/2009

Galhardo


O sorvete derreteu, até o completo fim, e você não me trouxe o seu sorriso. Será que cheguei tarde ou já era tempo de muito verão. Esse calor todo vem é de você? Tarde demais pra tentar descobrir. Tenho certeza que perdi a vez, o tempo, o trem da história e sei que você continuará linda, como naquele dia em que te beijei de olho aberto, na Avenida Paraná. O seu ônibus veio e você foi. Agora você vai de novo e, de novo, eu fico sem saber o que fazer, até o completo fim.
stoN

22/01/2009

Tenho dores no estômago.
Como alguém que tem as frituras, a vale verde e a coca cola como inveterados parceiros do Bocaiúva pode pensar em viver até os 70 com dignidade?
Ainda bem que eu não fumo.
Martinha, me espere pra amanhã com um bolinho de carne no ponto!
stoN

21/01/2009

Dia chuvoso de ressaca obamística e de um pouco de cerveja do Maleta.
Deus nos proteja de tudo que virá e de mais uma edição da SP Fashion Week.
É mesmo o fim dos tempos.

19/01/2009

Palavras para um geógrafo que não sabe ler mapas*

"A palma da minha mão é uma carta geográfica em que leio o desencontro de todos os caminhos que palmilhei até aqui, neste mundo que é um emaranhado de estradas e de rios que não levam a ponto algum, apesar de tantas tabuletas de Chegada e de Partida e de tantos portos atravancados de navios. Houve um chinês que disse, resumindo tudo numa frase de uma clareza meridiana e que no entanto desnorteia os ingênuos ledores de bússola e seus fiéis discípulos: O caminho que é um caminho não é o verdadeiro caminho. Eu, quando percebo que o meu caminho vem assinalado nos manuais de geografia ou nos tratados de filosofia de vinte shillings, trato logo de desviá-lo pra a esquerda ou para a direita, quando não simplesmente para as nuvens, tão certa é minha certeza de que o caminho aberto por outro não pode guiar meus passos de boêmio errante...."
Campos de Carvalho in: A lua vem da Ásia
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*Contribuição de Marcelo 16,5

18/01/2009

Ontem vi num noticiário televisivo uma matéria sobre observatório espacial num subúrbio carioca. Nele trabalha voluntariamente um engenheiro que falava sobre as muitas pessoas que lá vão para observar o céu e se emocionam até as lágrimas. Lembrei-me de quando, em uma aula de astronomia, fomos ver a lua através de um telescópio colocado no topo de um prédio da universidade. A visão, ainda que superficial, das crateras lunares encheu-me de muita emoção. Tive dificuldade pra dormir naquela noite e a imagem do satélite me perseguiu por muito tempo. Ainda sim, mesmo com tanta emoção, eu não aprendi a não avançar nela achando que é queijo. Pau que nasce louco...
stoN

Em tempos de reforma ortográfica

'
Foto: Beth (in Alcobaça)

17/01/2009

Quando Dora, depois de tanto tempo, ouviu a voz de Léo, sentiu como se algo muito bom e pesado se acomodasse dentro dela. Uma espécie de movimento tectônico visceral que a fez se lembrar de como era bom trepar com ele. É uma saudade geológica, pensou. No resto da noite tudo correu como se poderia esperar numa situação daquelas: as amigas falantes e bêbadas discutindo coisas do trabalho e de suas relações quase sempre patéticas e frustradas, os caras tentando parecer atraentes também com patéticos e frustrados desempenhos. Dora se manteve bem humorada a noite toda, o sorriso de Léo já era mais do que suficiente para mantê-la assim por dias. Teve vontade de ir atrás dele quando se levantou pra ir ao banheiro, mas conteve-se. O cretino, por certo, imagina que ela ainda é apaixonada por ele, mas ele não sabe o que é uma saudade geológica de trepada. Só as mulheres o sabem e os geólogos, por um deturpado instinto técnico, que nada tem de sexual, timidamente vislumbram o que são esses soerguimentos, abatimentos e glaciações internos dos quais o sexo, e a saudade dele, são capazes.
stoN

15/01/2009

Um pouco de Saramago

"Nazaré é uma aldeia parda rodeada de silêncio e solidão nas sufocantes horas do dia, à espera de que venha a noite estrelada para poder ouvir-se o respirar da paisagem oculta pela escuridão e a música que fazem as esferas celestes ao deslizarem umas sobre as outras. "
in O evangelho segundo Jesus Cristo

14/01/2009

Quem mexeu no meu trema?

De volta à labuta, ao cotidiano paira a inevitável sensação de que foi pouco. Acordo pra 2009 com uma ressaca de férias que vai demorar pelo menos esse resto de semana pra amainar. E tem genocídio do povo palestino, presidente negão nos USA, IPTU, aumento da passagem de ônibus e um monte de outras coisas pra mostrar que de novo mesmo tem pouco, ou quase nada. Como se não bastasse isso tudo, vamos encarar a Reforma Ortográfica. Como se já não fosse difícil escrever, ser eloqüente... Espero que sobrevivamos, com ou sem trema.

08/01/2009

Fortaleza

Sol
muito mais sol
O amor
e o fim do sonho
ali na esquina

05/01/2009

Natal 2

Dromedário nas dunas
Gringo vendendo tapioca
Pedido em restaurante de comida nordestina anotado em palm-top
Globaliturismo

03/01/2009

Natal

Areia até os ossos
sol até na alma
calor que é um destempero...
stoN