Acordou sentindo-se como se não tivesse dormido nem cinco minutos. No banho, Miguel tenta recapitular a noite: horas e mais horas no bar, observando Arlete de longe, cinco doses de rum, duas cervejas, três cachaças e uma dose de vodca da pior espécie. A cabeça parecia não ser dele, pesava muito sobre o pescoço. Na saída pro trabalho, cerca de quarenta minutos depois, teve um medo grande da morte. Medo de morrer da forma mais besta possível. Engasgado com um osso de galinha, ataque do coração catalisado por um choque elétrico, um descuido e já está o crânio estourado no asfalto. Basta um vacilo.
Já na livraria teve que se fazer de forte, vencer o cansaço e a ressaca para dar conta do trabalho. Todavia não se podia dizer que estava infeliz. Pensou no sorriso de Arlete e teve vontade de viver muito mais ainda. Espantou o medo da morte e já era quase hora de bater o cartão. Perguntou a si mesmo se agüentaria mais uma noite de vigília. Não se respondeu.
Já na livraria teve que se fazer de forte, vencer o cansaço e a ressaca para dar conta do trabalho. Todavia não se podia dizer que estava infeliz. Pensou no sorriso de Arlete e teve vontade de viver muito mais ainda. Espantou o medo da morte e já era quase hora de bater o cartão. Perguntou a si mesmo se agüentaria mais uma noite de vigília. Não se respondeu.
stoN
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