Sandrinha acordou bastante cedo no domingo, adiantou os afazeres do almoço e deu-se ao direito de passar na barraca de Tonha e comer um acarajé depois da missa. A manhã era de uma luminosidade intensa, com um calor sufocante como só a Cidade da Bahia pode ter. Havia tempo que não se falavam e Tonha lhe contou meio mundo de coisas da vida de Arlindo. Sandrinha sentia muita falta dele ainda. Ela ficou triste e voltou pra casa querendo esquecer tudo. Não deu tempo. Briga no bar de Seu Onofre, aquele que fica na esquina da casa de Sandrinha. Gente que passou a noite bebendo e se desentendeu por coisa pouca. Teve muito tiro justo na hora que Sandrinha chegava com o coentro e a galinha. Ela nem teve tempo de esquecer, morreu chorando, mas não era do ferimento da bala não.
stoN
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