"A palma da minha mão é uma carta geográfica em que leio o desencontro de todos os caminhos que palmilhei até aqui, neste mundo que é um emaranhado de estradas e de rios que não levam a ponto algum, apesar de tantas tabuletas de Chegada e de Partida e de tantos portos atravancados de navios. Houve um chinês que disse, resumindo tudo numa frase de uma clareza meridiana e que no entanto desnorteia os ingênuos ledores de bússola e seus fiéis discípulos: O caminho que é um caminho não é o verdadeiro caminho. Eu, quando percebo que o meu caminho vem assinalado nos manuais de geografia ou nos tratados de filosofia de vinte shillings, trato logo de desviá-lo pra a esquerda ou para a direita, quando não simplesmente para as nuvens, tão certa é minha certeza de que o caminho aberto por outro não pode guiar meus passos de boêmio errante...."
Campos de Carvalho in: A lua vem da Ásia
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*Contribuição de Marcelo 16,5
4 comentários:
Boêmios errantes, uni-vos!
Erremos pelos caminhos que a vida nos traz!
Beijos, querido!
Beta
Beijão, Beta. Thanks for Orishas! Sexta foi massa, temos que repetir.
"a palama da minha mão é uma carta geográfica..." (demais!)
Ei Pad, seja bem vinda!!!!
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