31/05/2009

Na correria, acabou queimando o céu da boca com o café. Percebeu isso quando já estava no táxi, a caminho do aeroporto. Tudo foi cansativo e, ao mesmo tempo, muito animador naquele dia. Nove horas e quase três mil quilômetros depois, ele estava livre de um monte de coisas e disposto a começar nova vida. Tudo, finalmente, seria realmente novo: trabalho, casa, estado, amigos. Demorou quase uma semana para os amigos e parentes receberem a notícia de que, num acidente de carro, ele havia morrido. Ninguém soube que ele havia queimado a boca com o café da padaria da esquina no mesmo dia em que morrera. “Estranho alguém ir morrer tão longe”, encasquetou Sofia.
stoN

6 comentários:

Adrianna Coelho disse...


“Estranho alguém ir morrer tão longe”pois é, ston, vindo do pensamento do neruda, me sinto tentada a dizer: vc tem cada ideia! rsrsr

Ston disse...

rsrsrsrsrsrs... Menina, tô me esforçando pra, no mínimo,ser criativo... Bj

[ rod ] ® disse...

Tão longe e tão perto... a dialética do cotidiano nos leva a quase percepções ou nem tantas assim.

Abçs meu caro,





Novo dogMa:
sanCiono...


dogMas...
dos atos, fatos e mitos...

http://do-gmas.blogspot.com/

Mariana disse...

É um achado...
Pelo pouco que li! Senti vontade de ficar...
Serei sua leitora constante.
Sem saber pq, simplesmente pq tenho vontade. Não sei ate qdo, mas enquanto a tenho, virei visita-lo.

Ston disse...

Rod, meu velho, ou quase nada, "mas o quase nada quase sempre é quase tudo"...

Ston disse...

Mariana, pois seja muito bem vinda!
Obrigado pelas gentis palavras.