Na correria, acabou queimando o céu da boca com o café. Percebeu isso quando já estava no táxi, a caminho do aeroporto. Tudo foi cansativo e, ao mesmo tempo, muito animador naquele dia. Nove horas e quase três mil quilômetros depois, ele estava livre de um monte de coisas e disposto a começar nova vida. Tudo, finalmente, seria realmente novo: trabalho, casa, estado, amigos. Demorou quase uma semana para os amigos e parentes receberem a notícia de que, num acidente de carro, ele havia morrido. Ninguém soube que ele havia queimado a boca com o café da padaria da esquina no mesmo dia em que morrera. “Estranho alguém ir morrer tão longe”, encasquetou Sofia.
stoN
6 comentários:
“Estranho alguém ir morrer tão longe”pois é, ston, vindo do pensamento do neruda, me sinto tentada a dizer: vc tem cada ideia! rsrsr
rsrsrsrsrsrs... Menina, tô me esforçando pra, no mínimo,ser criativo... Bj
Tão longe e tão perto... a dialética do cotidiano nos leva a quase percepções ou nem tantas assim.
Abçs meu caro,
Novo dogMa:
sanCiono...
dogMas...
dos atos, fatos e mitos...
http://do-gmas.blogspot.com/
É um achado...
Pelo pouco que li! Senti vontade de ficar...
Serei sua leitora constante.
Sem saber pq, simplesmente pq tenho vontade. Não sei ate qdo, mas enquanto a tenho, virei visita-lo.
Rod, meu velho, ou quase nada, "mas o quase nada quase sempre é quase tudo"...
Mariana, pois seja muito bem vinda!
Obrigado pelas gentis palavras.
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