15/05/2008


Ainda bem que já se aproxima a estação fria. Com a claridade difusa do fim de tarde, durante o inverno, é possível enxergar mais beleza e menos poesia. A beleza é inadvertida, mas a poesia das coisas é melindrosa. Ela é algo milimetricamente criterioso, de uma existência que beira a impertinência. A beleza, pura e simples, como a de James Dean comove, mas é despretensiosa. A beleza dá conta de si, a poesia não. Ela quer mais, ela é insaciável.
Não faço a mínima idéia do que me levou a escrever sobre tema tão insosso. Deve ser por causa da menina linda que vi na fila do banco hoje. Ela fez a tarde parecer bucólica e sofrida.

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