10/02/2009

Solange veio a mim de uma forma tão abrupta e intensa que não tive fôlego, sossego nem perspicácia suficientes para mais do que três meses na cama dela. Nunca deixei que viesse até a minha. Era do tipo de mulher que nunca se deve deixar que invada o seu reino. É preciso montar barricadas, deitar pólvora nos mosquetes, soltar mais crocodilos no fosso, chegar fervura aos tachos de azeite. Caso Solange chegasse um pouco mais perto, provavelmente, hoje eu estaria menos tenso, mais teso. Em finais de verão com muita chuva sinto saudade dela. Sinto falta do modo, bem perto da crueldade, com o qual ela me fazia tomar uma garrafa inteira de vodca. Solange me ligava no meio da madrugada. Hoje em dia eu não tenho mais telefone.
stoN

6 comentários:

Anônimo disse...

Reverberações de um forte no Nordeste....

Marcelo.

Ston disse...

A sapiência dos guias me impressiou demais.

Anônimo disse...

gostei ton ton.

Ston disse...

Gatomário, bem sei que gosta desse estilo de texto e desse tipo de mulher.

Henrique disse...

ta achando que ficar dois dias sem escrever é coisa de homem?

Ston disse...

homem não tem tempo pra achar nada.