20/03/2008

Confissão


E se os amores nunca forem ditos? E se nos furtarmos do vasto breu da confissão? Desejos mudos, necessidades inconfessáveis e vontades desmedidas esquecidos em cantos empoeirados ou rasgados em cestos de lixos. E-mails nunca enviados, carregando HD’s estéreis. Cartas, um dia perfumadas, hoje depositadas no túmulo frio do fundo de gaveta. E nem por isso deixam de reverberar. Nem o peito arfa menos, os olhos marejam menos ou o pensamento deixa de escapar da realidade...

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