05/08/2008

A Bunda, que Engraçada**

Drummond
A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
redunda

**Menção honrosa em desagravo à bunda do Marcelo.

7 comentários:

Anônimo disse...

Para merecer um poema, esta deve ser uma bunda de respeito!!!
;o)
Beta

Ston disse...

Simplesmente: A bunda!

Henrique disse...

a minha não merece nem um versinho...

Ston disse...

Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão. Mariozinho, no banho, lava a bunda e o butão.

Renatinha disse...

AHh poderia ser essa a minha bunda...hehe e pequena mas e bunitinha..haha bjos

Ston disse...

Só acredito vendo...

Henrique disse...

opa! esse blog enfim melhorou...