28/09/2008

Maciel Antero da Cruz Neto

IV

_ Suas dores nas costas diminuíram? Alice pergunta solicita.
_ Um pouco. Tenho vontade de tomar mais uma. Anima?
_ Nem pensar, Maciel! Amanhã acordo muito cedo.
Ela parece buscar algo que não encontra na desordem do quarto.
­_ Quer o quê?
_ Acho que perdi meu brinco azul. Gosto tanto dele...
Maciel pensa em tudo que é azul e que pode ser gostado nesse mundo: o mar, o céu, pedras de anil, arara, os olhos de Sinatra...
Depois que Alice sai, ele vai pro computador e lê um e-mail de uma antiga namorada. Ela diz que ele foi a melhor trepada da vida dela. Maciel pensa que ela deve estar sozinha demais ou que só arrumou caras babacas desde que se separou dele. Saiu de casa pensando ainda nas coisas azuis boas de serem gostadas e foi comprar um cd do Ramones.
Ston

6 comentários:

Mariana Botelho disse...

vou te dizer uma coisa muito besta de te dizer: admiro quem escreve claramente. mais que isso: escancarado. ler coisas assim me desabafam de um pudor enraizado.

tô gostando muito da série do Maciel...

e eu nem sou noveleira...rs

Ston disse...

Obrigado, Mariana. Fico feliz que Maciel se preste a despudorizar. Sejamos noveleiros. Inté!

Henrique disse...

'o mar, o céu, pedras de anil, arara, os olhos de Sinatra...', meu mp3.

Ston disse...

Nada é tão azul quanto ele...

Renatinha disse...

desculpa pelas coisas q fiz ou disse... nao me lembro de nada... as vezes e bom nao se lembrar de nada pq ai a culpa é menor...
amo-te!!!
thanks for everything...

Ston disse...

Não há o que se desculpar, menina. Eu também não me lembro de mta coisa. Espero que tenhamos muita coisa pra não lembrar juntos.
Bj