02/12/2007

Creio que nunca passará pela cabeça do sorrateiro ladrão que me levou as ferramentas (todas que eu possuía) que sua safadeza me assolapou muito mais moralmente do que tudo. O imbecil não imagina que a meia dúzia de chaves de fenda e os três alicates só reforçavam minhas preguiça e incompetência em atividades de reparos domésticos. Loucura minha perder tempo com considerações sobre as avaliações morais e filosóficas dos gatunos...
E quando penso na merda que é o meu vizinho que houve funk ou “Calcinha Preta” em alto volume todo domingo à tarde, no metrô lotado e na falta de transporte coletivo decente na cidade, no referendo na Venezuela.... É muita coisa na vida para ainda ter suas míseras ferramentas furtivamente surrupiadas. E olha que nem falei do mestrado, da falta de grana e da crise existencial. Quero poupá-l@s um pouco.
Ontem fui levado a uma festa nefasta. Não há termo melhor para qualificar aquilo. Ne-festa! Nunca vi gente tão louca num inferninho tão decadente e podre. Se pelo menos a vódica fosse boa, teria me sobrado a ressaca meramente moral. E nem tive tempo de me despedir da figura que me passou o olhar mais pervertido do mundo. Naquele tumulto... Verdadeira rota de fuga! Pior do que ter lapsos de memória é não ter pegado o telefone. Será que foi realmente tão bom?
Furto, festa, ressaca, funk, a crise da esquerda na América Latina... Maldito domingo!

2 comentários:

Anônimo disse...

podia ter me chamado...

Anônimo disse...

Podia mesmo. Ando sem rumo, sem prumo e sem assunto...
Bj